A oposição da Coreia do Sul prometeu iniciar um processo de impeachment contra o presidente Yoon Suk Yeol, nesta quarta-feira (4), caso ele não renuncie ao cargo imediatamente. A decisão foi tomada após o líder decretar a lei marcial no país – que foi revogada poucas horas depois devido à forte oposição parlamentar.
“Não ficaremos de braços cruzados assistindo ao crime do presidente Yoon de destruir a Constituição e atropelar a democracia. O presidente Yoon deveria renunciar imediata e voluntariamente”, disse o Partido Democrata.
Para abrir o processo de impeachment contra Yoon, é necessário que mais de dois terços dos 300 membros da Assembleia Nacional votem a favor. Uma vez que a medida é aprovada, um julgamento é realizado no Tribunal Constitucional. Se seis dos nove membros da Corte sustentarem o impeachment, o presidente é destituído do cargo.
Além da ameaça de impeachment, Yoo sofre pressão do próprio partido, o Poder Popular, que pediu que o presidente rompa com a sigla e que todo o seu gabinete, assim como o ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, renunciem aos cargos.
Com cartazes dizendo “restaure a democracia”, cidadãos sul-coreanos já começaram a ir às ruas para pedir a renúncia de Yoo. Legisladores e membros da oposição também se reuniram do lado de fora da Assembleia Nacional. Enquanto isso, a maior confederação sindical do país disse que ficará em greve até que o presidente renuncie.
Fonte: SBT News